top of page

IPCCIC lança documentário “A equação de tudo”

e inicia nova fase de pesquisa em busca da cidade criativa

       Depois de oito meses de trabalho, os pesquisadores do Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais,  lançaram, no dia 29 de agosto, na sala de cinema do Shopping Santa Úrsula,  o documentário “A equação de tudo”.  Esta foi uma ação educativa que tinha como objetivo compartilhar o resultado da primeira fase da pesquisa realizada pelo grupo, em busca de responder “como transformar um usuário da cidade em cocriador de seu espaço”. Esta questão foi colocada aos pesquisadores, quando eles trabalhavam na elaboração de um projeto de cidade criativa para Ribeirão Preto. “Logo no primeiro mês, percebemos que nenhum projeto seria exitoso se não envolvesse a comunidade de maneira intensa”, explica a presidente do IPCCIC, Adriana Silva.

      Tendo como referencial a base da Teoria U, uma metodologia criada nos Estados Unidos, pelo grupo do MIT, Massachusetts Technology Institute, as ferramentas disponibilizadas pelo Design Thinking e a partir da própria Tecnologia Social criada pelo grupo, os pesquisadores percorreram o trajeto  do conhecimento se fazendo perguntas; levantando hipóteses; ouvindo os atores sociais da cidade; prototipando modelos de gestão criativa e organizando as primeiras conclusões que, por sua vez, sugerem novas perguntas. “Ao final, depois de apurado 

exercício de escuta, o foco foi direcionado para o grande desafio de promover a conscientização do povo de uma maneira em geral”, apresenta Lilian Rosa, vice presidente do Instituto.

Certos de que é preciso descobrir qual a equação social que, se aplicada, resultaria na transformação da sociedade para melhor, os pesquisadores resolveram organizar o conhecimento adquirido até este momento, em um vídeo e, a partir dele, iniciar um nova fase, prevista para ouvir mil pessoas das comunidades de Ribeirão Preto. “O documentário evidencia informações que muitos já sabem, mas avança fazendo uma sugestão. No final, fica um convite e algumas certezas”, explica Sandra Molina, pesquisadora do IPCCIC.

          Os membros do Instituto perceberam a necessidade de provocar a sociedade a pensar sobre seu verdadeiro papel social, por isso, interromperam a pesquisa para apresentar o documentário. “Estamos lançando um jogo também, chamado ‘Cidade Criativa’. A proposta é irmos às salas de aula para promover o debate junto ao público universitário e visitarmos as comunidades já organizadas. Vamos usar o documentário e o jogo a fim de chamar a atenção para o tema da criação participativa”, diz Nainôra Maria Barbosa de Freitas.

     

Público do documentário  “A equação de tudo” reivindica "Amor"

O filósofo da linguagem Mikhail Bakhtin escreveu que “a palavra é capaz de registrar as fases transitórias mais íntimas, mais efêmeras das mudanças sociais” e, por sua vez, revelar até mesmo o que está invisível. Constatar que a palavra mais referenciada por um grupo de pessoas, como aquela que muito significa, seja “amor”, é perceber que os níveis das relações estão rasos e que, de fato, falta o que é essencial aos olhos, como diria Saint Exupéry.

Numa dança de palavras, em que uma sugere outra, todas as descritas, ainda que não transitivas, pedem um complemento, não que vem depois, mas que as sustentam. Todas os léxicos citados estão compondo uma dialética entre o que se quer e o que não se tem. O conjunto das palavras enunciadas revela um país, um povo,  um estado de espírito e acende uma luz iluminando o caminho a ser seguido. Falta educação, respeito, conhecimento, participação, consciência e conscientização. Falta cidadania, ética, paz, inovação. Falta cultura, identidade, sensibilidade, fidelidade. Mas é porque falta amor que tudo mais falta.

Assista ao documentário elaborado após ao exercício de escuta

e reflita sobre o lugar do cidadão cocriador na sociedade dos dias de hoje.

bottom of page